- Por Jorge Wamburg -
Dois antigos companheiros de time vão se reencontrar amanhã, em São Januário, em campos opostos: o técnico Leão, do São Paulo, e o presidente do Vasco, Roberto Dinamite.
Os dois foram companheiros de quarto nas concentrações do Vasco, de 1980 a 81, depois que Leão abandonou o Palmeiras para defender o gol vascaíno.
Roberto já era o artilheiro e a estrela do time e os dois fizeram uma boa amizade, apesar das diferenças de temperamento: Roberto exercia uma liderança natural, pelo seu carisma como ídolo do clube, e Leão se impunha no grito, em campo e fora dele. Tanto que era o presidente da Caixinha dos jogadores, uma espécie de poupança para a qual todos contribuíam compulsoriamente para dividir o lucro no fim do ano. Lucro esse que vinha das multas por atrasos para os treinos e outras cobranças que Leão fazia, conforme o “regulamento” da caixinha, sem aliviar a barra de ninguém.
Até que um dia, numa viagem à Venezuela para um jogo contra o Deportivo Táchira, pela Libertadores, Leão se desentendeu com o então preparador físico Hélio Vigio, um policial durão que fazia bico no futebol, e foi mandado embora do clube na volta ao Rio. Eu acompanhei tudo de perto: na época era o repórter do Jornal do Brasil que fazia a cobertura do Vasco para a Editoria de Esporte do Jornal do Brasil.
Amanhã, quem vencerá o duelo Leão x Dinamite?
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